a segunda-feira, o par de moedas GBP/USD também foi negociado com baixa volatilidade, movimentando-se principalmente de forma lateral, embora a libra esterlina tenha mantido uma leve tendência de alta. Apesar da ausência de notícias relevantes, a moeda britânica segue valorizando-se gradualmente. Não há eventos significativos programados para esta semana no Reino Unido, ao passo que, nos EUA, a agenda está repleta — e não apenas por possíveis decisões ou declarações do presidente Donald Trump, mas sobretudo por dados macroeconômicos importantes.
Todo trader conhece o peso de relatórios como o Nonfarm Payrolls e a taxa de desemprego, e sabe o quanto esses dados influenciam a política monetária do Federal Reserve. Mas será que, nas circunstâncias atuais, esses relatórios ainda têm impacto significativo? Em nossa visão, não. Basta lembrar que o dólar tem se desvalorizado mesmo com a taxa básica de juros do Fed estável em 2025. Do mesmo modo, o euro vem se fortalecendo apesar de sete cortes consecutivos nas taxas de juros do Banco Central Europeu. Em outras palavras, os fundamentos macroeconômicos não têm guiado o sentimento de mercado de forma consistente.
Relatórios isolados — ainda que importantes ou de forte repercussão — podem causar oscilações intradiárias, mas a tendência costuma se estabilizar poucas horas depois. Assim, mesmo indicadores de alto impacto como o Nonfarm Payrolls e a taxa de desemprego podem ser amplamente ignorados nesta semana.
Relatórios como os índices de atividade empresarial ISM ou os dados ADP e JOLTS provavelmente terão impacto ainda menor. Infelizmente, o mercado continua sendo fortemente influenciado por Donald Trump. Felizmente, esse cenário não durará para sempre. Mais cedo ou mais tarde, a escalada da guerra comercial cessará, e os dados macroeconômicos voltarão a ocupar o centro das atenções — como deve ser, afinal, são eles que refletem a realidade econômica.
De forma simplificada: mesmo que Trump anuncie planos mirabolantes, como bombardear a China ou anexar a Groenlândia e toda a União Europeia, isso não passa de retórica — mais próxima de uma "lista de desejos" do que de propostas viáveis. O mundo já testemunhou situações semelhantes: o Canadá não aceitou tornar-se o 51º estado dos EUA, e a Dinamarca não pretende abrir mão da Groenlândia.
É consenso global que os EUA são uma potência econômica e política. No entanto, há uma enorme diferença entre negociar tarifas e propor a cessão de territórios soberanos.
Portanto, por mais que os desejos e declarações de Trump gerem manchetes, eles têm pouco impacto prático no longo prazo. Vale lembrar que entre as promessas de seu governo estavam o retorno das empresas americanas ao território nacional, a criação de empregos, a redução da dívida pública e o reequilíbrio da balança comercial. No momento, a Apple planeja transferir sua produção da China para a Índia, a dívida pública tende a crescer diante da alta nos rendimentos dos títulos do Tesouro, e a balança comercial pode melhorar marginalmente com acordos pontuais — como os assinados com Vietnã e Hungria —, resultando em avanços modestos, na casa de um e meio por cento.

A volatilidade média do par GBP/USD nos últimos cinco dias de negociação está em 99 pips, o que, para esse par, é considerado "médio". Portanto, para terça-feira, 29 de abril, espera-se um movimento dentro da faixa delimitada pelos níveis de 1,3290 a 1,3488. O canal de regressão de longo prazo aponta para cima, indicando uma tendência de alta bem definida. O indicador CCI voltou a entrar na zona de sobrecompra; no entanto, em um cenário de forte tendência altista, esse sinal costuma indicar apenas correções pontuais e de curta duração.
Níveis de suporte mais próximos:
S1 – 1.3306
S2 – 1.3184
S3 – 1.3062
Níveis de resistência mais próximos:
R1 – 1.3428
R2 – 1.3550
R3 – 1.3672
Recomendações de negociação:
O par GBP/USD mantém seu movimento de alta de forma confiante. Ainda assim, acreditamos que a libra não possui fundamentos sólidos para essa valorização. Na prática, não é a libra que está subindo — é o dólar que está caindo, e essa queda se deve exclusivamente a Donald Trump. Portanto, qualquer ação inesperada de Trump pode facilmente desencadear um movimento de correção acentuado.
Para quem opera com base na análise técnica "pura" ou no chamado "fator Trump", as posições compradas seguem válidas enquanto o preço permanecer acima da média móvel, com alvos em 1,3488 e 1,3550. As posições de venda continuam interessantes, mas, no momento, o mercado não demonstra disposição para comprar o dólar americano, e as atitudes de Trump seguem impulsionando sua desvalorização.
Explicação das ilustrações:
Os canais de regressão linear ajudam a determinar a tendência atual. Se ambos os canais estiverem alinhados, isso indica uma forte tendência.
A linha de média móvel (configurações: 20,0, suavizada) define a tendência de curto prazo e orienta a direção da negociação.
Os níveis de Murray funcionam como níveis-alvo para movimentos e correções.
Os níveis de volatilidade (linhas vermelhas) representam a faixa de preço provável para o par nas próximas 24 horas com base nas leituras de volatilidade atuais.
Indicador CCI: Se entrar na região de sobrevenda (abaixo de -250) ou na região de sobrecompra (acima de +250), ele sinaliza uma iminente reversão de tendência na direção oposta.