"As tarifas serão significativamente reduzidas, mas certamente não serão zero", disse Trump. "Seremos muito corteses, e eles também serão muito corteses, e veremos o que acontece."

Trump também observou que não vê necessidade de adotar uma linha dura com o líder chinês Xi Jinping e que não abordará o tema da Covid-19 durante as conversas, um assunto extremamente sensível politicamente em Pequim.

Vale ressaltar que os comentários de Trump ocorreram em meio ao colapso das ações dos EUA, dos títulos do Tesouro e do dólar, desde que ele impôs tarifas amplas em 2 de abril, seguidas de um período de carência de 90 dias para a maioria dos países. As tarifas de 145% que Trump impôs sobre os produtos chineses no início deste ano ainda estão em vigor, embora algumas exceções tenham sido feitas para computadores e produtos eletrônicos de consumo populares. Também foi relatado ontem que certas isenções seriam estendidas ao setor automotivo.

Claramente, Trump está preocupado com a queda do mercado e a fraqueza do dólar, mas ele precisa urgentemente de um acordo. Até agora, a China não respondeu oficialmente às promessas de Trump de se comportar de maneira cortês, mas a agência de notícias Cailian descreveu isso como um sinal de que Trump já está suavizando sua posição em relação à sua política tarifária.

No início deste mês, Pequim indicou que gostaria de ver uma série de medidas concretas do governo Trump antes de concordar com qualquer negociação, especialmente a contenção de comentários depreciativos feitos por membros de seu gabinete.

As autoridades chinesas também expressaram insatisfação com os comentários feitos pelo vice-presidente J.D. Vance sobre os agricultores chineses, que foram classificados por um diplomata como ignorantes e desrespeitosos.

Em um discurso ontem, o secretário do Tesouro dos EUA, Bessent, afirmou que as duas maiores economias do mundo precisarão encontrar maneiras de reduzir a escalada e que isso provavelmente ocorrerá em um futuro próximo. Bessent também disse que a dissociação da China não é o objetivo dos EUA. No entanto, o Secretário do Tesouro acredita que um acordo abrangente pode levar de dois a três anos. Ele reiterou seu ponto de vista de que a China tem reprimido sua economia de consumo em favor da manufatura, prejudicando os EUA, acrescentando que qualquer acordo precisaria reequilibrar o comércio de maneira a permitir que os EUA impulsionassem a produção doméstica.

Como mencionado acima, o dólar norte-americano reagiu com força a todos esses desenvolvimentos, algo que muitos participantes do mercado já previam. O euro e a libra esterlina, que estavam em sobrecompra, claramente perderam o apelo como resultado.

Perspectiva Técnica do EUR/USD: Atualmente, os compradores do EUR/USD devem focar na recuperação do nível 1,1360. Somente um rompimento desse nível permitiria a meta de testar 1,1430. A partir daí, um movimento em direção a 1,1500 é possível, embora seja desafiador alcançar esse objetivo sem o apoio de grandes participantes do mercado. O alvo final de alta continua sendo a máxima de 1,1570.

Em caso de queda, espero uma atividade compradora significativa apenas em torno de 1,1280. Se nenhum suporte for encontrado nesse nível, pode ser interessante esperar por um novo teste da mínima de 1,1210 ou considerar posições longas a partir de 1,1150.

Perspectiva Técnica do GBP/USD: Para o GBP/USD, os compradores precisam romper a resistência imediata em 1,3300. Somente após isso, poderão mirar em 1,3350, que continua sendo um nível desafiador. O alvo de alta mais estendido é a zona de 1,3416.

Se o par cair, os ursos tentarão retomar o controle em 1,3240. Uma quebra bem-sucedida dessa faixa prejudicaria as posições de alta e levaria o GBP/USD para a mínima de 1,3205, com um possível movimento em direção a 1,3165.