O ouro opera em alta nesta terça-feira, sendo negociado próximo à máxima histórica alcançada no dia anterior, impulsionado pela crescente incerteza em torno da guerra comercial entre os Estados Unidos e a China.

A intensificação das tensões entre as duas maiores economias do mundo tem levado os investidores a buscar ativos de proteção, e o ouro, tradicionalmente visto como uma reserva de valor segura em tempos de instabilidade econômica, continua se valorizando.

Além do cenário geopolítico, as expectativas de um corte na taxa de juros pelo Federal Reserve em 2025 também contribuem para a valorização do metal. Juros mais baixos reduzem o custo de oportunidade de manter ouro na carteira, tornando-o mais atrativo. No entanto, algum otimismo gerado pelo adiamento temporário de tarifas comerciais pode limitar o potencial de alta, ao aliviar a pressão sobre o dólar americano e reduzir a demanda por ativos de refúgio.

Do ponto de vista técnico, o nível de 3.200 dólares por onça troy é considerado um ponto crítico. Uma consolidação estável acima dessa marca reforça a tendência de alta. No entanto, com o Índice de Força Relativa (RSI) se aproximando da zona de sobrecompra, o mercado pode precisar de uma pausa ou correção de curto prazo antes de retomar o movimento ascendente. A continuidade da alta tende a encontrar forte resistência próxima à máxima histórica de 3.245 dólares.

Se o preço do ouro recuar abaixo dos 3.200 dólares, podem surgir oportunidades de compra, com suporte técnico em torno de 3.169 dólares. Uma quebra abaixo desse nível exporia o metal a novas quedas, com suportes intermediários em 3.138, 3.115 e 3.100 dólares.